
Não há muito o que escrever sobre , já que a seu respeito existe uma profusão de sites e blogs. Este post foi criado, apenas, para mostrar dois de seus poemas menos conhecidos no Brasil, mas - simplesmente, fantásticos. Como curiosidade, também, traduzimos de um site russo palavras de alguns grandes escritores a respeito de Pushkin.
1- GOGOL: ouvindo o nome de Pushkin, imediatamente, nos vêm o pensamento de um "poeta naciona". Realmente, nenhum de nossos poetas é maior do que ele, não sendo possível denominar nenhum outro de "nacional". Este direito pertence a Pushkin e a nenhum outro. Nele, como se em um dicionário, se encerra toda a riqueza, a força e a versatilidade de nossa língua."
2 - TURGUÊNIEV: Ele deu o refinamento definitivo à nossa língua, a qual agora por sua riqueza, força, lógica e beleza formais é reconhecida até por filólogos estrangeiros..."
3 - LEV TOLSTOI: O sentido da beleza foi desenvolvido nele até o mais elevado nível, como não o foi em nenhum outro. Quanto mais brilhante inspiração, tanto mais meticuloso é o trabalho para sua execução. Lemos em Pushkin versos tão fluentes e fáceis, que nos parece que eles já saíram assim, nesta forma. Não nos é visível quanto trabalho ele empregou para isto, a fim de sair tudo assim, tão simples e fluente..."
Amei-te - e pode ainda ser que parte
do amor esteja viva na minha alma.
Mas isto, pois em nada hei de magoart-te, não deve mais tirar a tua calma.
Sem esperança e mudo em meu quebranto,
morto de ciúme e timidez também,
eu te amei tão sincero e terno quanto
permita Deus que te ame um outro alguém.
(1829)
DOM INÚTIL
Dom inútil, dom fortuito,
por que a vida me foi dada?
E o destino, com que intuito
a condena a um fim: o nada?
Que poder hostil, do pó,
suscitou minha alma ardente
e lhe deu paixão, mas só
dúvidas à minha mente?
Sigo a esmo de ermo peito,
mente ociosa e, sem saída,
pesaroso, eu me sujeito
ao maçante som da vida.
(1828)
do amor esteja viva na minha alma.
Mas isto, pois em nada hei de magoart-te, não deve mais tirar a tua calma.
Sem esperança e mudo em meu quebranto,
morto de ciúme e timidez também,
eu te amei tão sincero e terno quanto
permita Deus que te ame um outro alguém.
(1829)
DOM INÚTIL
Dom inútil, dom fortuito,
por que a vida me foi dada?
E o destino, com que intuito
a condena a um fim: o nada?
Que poder hostil, do pó,
suscitou minha alma ardente
e lhe deu paixão, mas só
dúvidas à minha mente?
Sigo a esmo de ermo peito,
mente ociosa e, sem saída,
pesaroso, eu me sujeito
ao maçante som da vida.
(1828)
Extraídos do livro " A dama de espadas", de AleksandrPushkin, com a primorosa tradução de e Nelson Ascher, ed. 34

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