Nascida a 16 de maio de 1910, em São Petersburgo. Seus primeiros trabalhos foram publicados em 1924. Se casou com o escritor Boris Kornílov, se divorciou e em 1930 se casou com Nikolai Moltchanóv.Maksim Gorki elogiou muito seus poemas.
Perdeu suas filhas, Irina e Maia, em consequência das privações do final dos anos 30. Também Kornílov foi morto, vítima do "grande terror", que levou a própria Olga a ser presa, em 1938 , sob falsas acusações. Passou dez meses na cadeia, foi torturada e, como consequência, deu luz a um natimorto. Seus poemas desta época só foram publicados durante o chamado "degelo", na década de 60.
Devido a sua atuação durante o cerco de Leningrado fez dela um símbolo da resistência e determinação do povo russo: durante a invasão nazista, ela não foi removida para áreas seguras da URSS, como aconteceu com outros intelectuais: permaneceu em Leningrado por 900 dias que durou o cerco, encorajando a população através de discursos em rádio e de seus poemas.
Durante o degelo, foi condecorada com a "Ordem de Lenin" e a "Ordem da Bandeira Vermelha".
Morreu em 13/11/75.
A poesia de Olga que escolhemos para este post é "Esperança", sentimento que a deve ter acompanhado em toda sua dura jornada.
Ainda acredito que voltarei a viver,
Que despertarei cedinho, um dia, com a aurora,
À luz das primeiras horas, do orvalho transparente
Que faz os ramos ficarem pesados com gotinhas,
E o laguinho formado pelo orvalho que cai
Reflete o vôo leve das nuvens.
E, inclinando o meu rosto ainda jovem, contemplarei
Uma gota de água como se fosse um milagre,
E lágrimas de encantamento correrão e o mundo,
O mundo inteiro eu verei, amplo e claro.
Ainda acredito que um dia, bem cedo,
No frio reluzente, de novo voltarei
A mim mesma, na pobreza,
na silenciosa sabedoria,
não mais ousando rir nem chorar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário