domingo, 11 de dezembro de 2011

CARTA N.19: VINTE CARTAS A UM AMIGO - SVETLANA ALLILUYEVA - LEMBRANÇAS DE SEU IRMÃO VASSILY

Vassiliy, filho de Stalin
 Na carta que transcrevemos hoje, Svetlana relembra seu irmão caçula, Vassiliy, seus problemas - o alcoolismo era o pior deles -  e seu relacionamento com Stalin e com os outros. Como a maioria das cartas escritas por ela, esta, também, é cheia de fatos que ajudam a desconstruir um pouco os estereótipos em torno da figura do ditador soviético, tanto aqueles que o endeusam, quanto os que, devido aos interesses da guerra fria, fazem dele um dos anticristos do século XX.



Meu irmão Vassily também fora chamado a dois de março de 1953. Também sentou-se algumas horas naquela enorme sala cheia de gente; estava, porém, como de hábito nos últimos tempos, bêbado, e saiu logo. Na dependência dos domésticos ainda bebeu, fez barulho, xingou os médicos, gritou que "mataram papai", que o estão "matando", até que foi embora de vez para sua casa.
Era a esse tempo aluno ouvinte da Academia de Estado-Maior, onde ingressara obrigado por papai, escandalizado com a sua ignorância.Mas ele não estudava, ele era uma pessoa completamente enferma, um alcoólatra.
Seu destino foi trágico. Era "produto" e vítima dos mesmos meios, sistema e máquina que geraram, desenvolveram e introduziram na cabeça das pessoas o "culto da personalidade", graças ao qual ele pode fazer sua rápida (1) carreira. Vassily começou a guerra como capitão de vinte anos e a terminou como tenente-general aviador, aos vinte e quatro anos. 
O arrastaram pelas orelhas para cima, sem levar em conta suas forças, capacidade, limitações - pensaram apenas agradar meu pai. Em 1947, regressou da Alemanha Oriental e fizeram-no comandante da aviação, na Região Militar de Moscou, não obstante o fato de que, sendo alcoólatra, já não podia voar. Ninguém levou isto em consideração, à época. Papai via o seu estado, reprova-o sem piedade, humilhava-o e repreendia-o diante de todos, como a um garotinho. Isto, porém, não dava resultado, pois contra a enfermidade era necessário lutar de outra maneira e isto Vassily não queria e ninguém se atrevia a sugerir-lhe...
Papai era para ele a única autoridade - aos demais não considerava pessoas dignas de atenção. Pessoas obscuras - jogadores de futebol,massagistas, treinadores esportivos, "chefetes"- acotovelavam-se em sua volta, incitando-o a fazer diversos affaires duvidosos(2): em maquinações com equipes de futebol e de hóquei, financiamento, tudo às expensas do Estado, em construções às expensas do Estado de algumas  edificações, piscinas e palácios de cultura e esporte...Não tinha consideração para com o Tesouro; deram-lhe o direito de dispor à vontade, em seu distrito, de somas imensas e ele não sabia o valor do dinheiro.

Vivia numa imensa casa de campo oficial, com um padrão de vida elevadíssimo: tinha canis e estrebarias. Davam-lhe tudo, permitiam-lhe tudo. Até Vlássik(3) se esforçava por agradar a Vassily para que este, no momento devido,o promovesse perante papai. Permitia-se tudo: usando de seu convívio com o pai, afastou de seu caminho as pessoas de quem não gostava, algumas das quais mandou para a prisão. Favoreciam-no, ainda, personalidades bem mais importantes que Vlássik, tais como Béria(4), Abakúmov(5) e Bulgânin (6). Manejavam-no como marionete, davam-lhe diferentes condecorações, galões, automóveis, cavalos - puseram-no a perder, corromperam-no- enquanto ele foi necessário. Quando, porém, depois da morte de papai, deixou de ser útil, abandonaram-no, esqueceram-no...
Abakúmov
Bulgânin
Da Região Militar de Moscou papai mesmo o afastou no verão de 1952. A primeiro de maio de 1952, o comando proibiu o vôo sobre a Praça Vermelha, pois o tempo estava nublado e ventava. Vassily, porém, deu ordem, por sua conta, e a aviação desfilou mal;os aparelhos iam cada um para seu lado e por um triz não atingiram os tetos pontiagudos do Museu Histórico... Na aterrissagem, alguns aviões danificaram-se...Isso foi uma violação sem precedentes de uma ordem de comando, tendo tido conseqüências trágicas. Papai firmou pessoalmente a demissão de Vassily do comando da aviação na Região de Moscou.

Onde encaixar o general-aviador? Papai queria que ele concluísse a Academia de Estado-Maior, como o fizera Artiom Serguiêiev (velho camarada de Vassily, dos tempos de criança, com o qual brigara desde muito). "Tenho setenta anos - disse-lhe papai - e continuo estudando", e mostrava os livros que estava lendo de história, assuntos militares, literatura... Vassily concordou, matriculou-se na Academia, porém lá não apareceu uma só vez - ele não podia.  Teria sido necessário interna-lo urgentemente num hospital e trata-lo, trata-lo de alcoolismo, enquanto não fosse tarde - ele próprio não o queria, e quem trataria a força um general? E ainda mais aquele general?

Ficava na casa de campo e bebia. Não precisava beber muito - bastava um gole de vodca, atirava-se  no divã e adormecia.Nesse estado permanecia todo o tempo. A morte de papai abalou-o muito. Ficou em pânico - estava convencido de que haviam "envenenado" papai, que o "mataram"; via destruir-se o mundo sem o qual não lograria, provavelmente, sobreviver.
No dia dos funerais encontrava-se num estado terrível e conduziu-se de modo inconseqüente - investiu contra todos, reprochando-os, acusou o governo, os médicos, a todos quantos era possível - de não o terem tratado, de não o sepultarem dignamente.Perdeu a noção do mundo real, de seu lugar - considerava-se o príncipe herdeiro.

Levaram-no ao Ministro da Defesa(7), pediram que o acalmasse.Propuseram-lhe uma tarefa - ir comandar uma das regiões. REcusou de modo categórico - somente Moscou, somente a aviação da Região de Moscou - nunca menos! Deram-lhe então uma ordem simples: ir para algum lugar e trabalhar lá. Recusou-se.
-Como - disseram-lhe, você não se submete à ordem do Ministro?Então você não se considera do Exército? 
- Sim, não me considero.
- Então retire as insígnias, disse o Ministro zangado.
E ele saiu do Exército. E agora ficava em casa e bebia _ General da Reserva.

Enxotou de casa a terceira mulher. A segunda esposa, que trouxe de novo para casa, foi-se embora por sua própria vontade.Ele estava impossível. Acabou ficando completamente só, sem trabalho, sem amigos, alcoólatra de quem ninguém mais necessitava...
Então, perdeu a cabeça por completo. Passou o mês de abril de 1953 nos restaurantes, bebia com quem aparecia, ele mesmo nem recordava o que dizia. Denegria a tudo e a todos. Preveniram-no de que aquilo poderia acabar mal , mas ele não fazia caso de nada nem de ninguém. Esqueceu que os tempos já não eram mais os mesmos e que ele deixara de ser aquela personalidade. Depois de uma bebedeira com alguns estrangeiros, prenderam-no a 28 de abril de 1953.

Começou o inquérito. Vieram à tona as negociatas, os desfalques, o aproveitamento de funções públicas e do poder além dos limites. Vieram também à tona casos de lutas corporais durante o horário de serviço. Apareceram as intrigas, tecidas nas altas esferas, em resultado das quais uns foram mandados para a prisão e outros mortos...

Trouxeram de volta o general da aviação A.A.Novikov, que chegou até lá pelas mãos de Vassily...Agora todos estavam contra ele. Agora já ninguém o defendia, apenas jogavam lenha ao fogo...Agora todos o denunciavam, desde seus ajudantes-de-ordem até os chefes de seu Estado-Maior, do próprio Ministro da Defesa aos generais com os quais não se entendia...Acumularam-se tantas acusações que bastariam para condenar dez pessoas...
Novikov
A Justiça Militar condenou-o a oito anos de prisão. Ele não podia acreditar. Escreveu cartas ao governo -cheias de desespero, reconhecendo todas as acusações, e até com ameaças. Esquecia que já não era ninguém e que nada mais representava...
Então, compadeceram-se dele. No inverno de 1954/1955 transferiram-no a um hospital da prisão- ele estava enfermo - e dali deveriam encaminha-lo a uma clínica e, em seguida, ao Sanatório de Barvkha e, finalmente, para sua casa de campo. Isto me foi relatado po N.S.Khuschev que, para isto, chamou-me especialmente em 1954; buscava um meio de fazer Vassily retornar à vida normal.
Tudo, porém, saiu ao contrário. NO hospital militar começou a ser visitado pelos velhos amigos - desportistas, jogadores de futebol, treinadores; apareceram uns georgianos; trouxeram bebidas. Mais uma vez, perdeu a trilha; esquecendo a promessa que fizera, de novo arranjou barulhos, de novo ameaçou, de novo exigiu o impossível... Em conseqüência, do hospital mandaram-no não para casa, mas para o presídio de Vladimir (foto a seguir).A condenação da Justiça Militar foi mantida.
Fui visita-lo em Vladímir untamente com sua terceira esposa, Kapitolina Vassílevna (foto abaixo), que tentava ajuda-lo de todo o coração.
Jamais esquecerei aquele encontro. Visitamo-lo no gabinete do diretor do presídio. Havia na parede resquício ainda dos velhos tempos - enorme retrato de papai. Sob o retrato sentava-se o diretor, diante de sua escrivaninha e, nós, em sua frente, num divã. Conversávamos e ele, de vez em quando, nos dirigia olhares furtivos; em sua cabeça algo se remexia e ele, talvez, tentava compreender: o que se passava?

O diretor era de pequena estatura, de cabelo claro, usava botas de feltro já gastas e remendadas. Seu gabinete era escuro e triste. Diante dele, sentadas, vestindo pelicas caras, duas senhoras da Capital e Vassily... O diretor sofria muito, sua face refletia um grande esforço mental...
Vassily exigiu de mim e de Kapitolina que andássemos, telefonássemos, falássemos em toda parte possível a fim de tirá-lo dali a qualquer preço. Estava agitado e perguntava a quem apelar, a quem escrever. Mandara cartas a todos os membros do governo, recordara os velhos encontros, prometia, jurava que tudo havia compreendido, que passaria a ser diferente...

Kapitolina, mulher de espírito forte, viril, dizia-lhe: "não escreva a ninguém, tenha paciência, falta pouco, conduza-se com dignidade". Ele lançou-se contra ela: "Peço-se ajuda e me aconselhas que me cale?"
Depois falou comigo, indicou nomes de pessoas conhecidas a quem, supunha, podia-se apelar. "Tu mesmo podes escrever a quem queiras", dizia eu. "Tuas próprias palavras são mais importantes do que as que eu posso dizer".

Depois disso, mandou-me ainda algumas cartas pedindo que escrevesse, pedisse, convencesse... Nutria, até mesmo, a idéia de recorrer aos chineses - "eles me ajudarão" - dizia ele, não sem fundamentos...Eu e Kapitolina, claro, não fomos a lugar nenhum, nem escrevemos...Sabia que o próprio Khruschev esforçava-se para ajuda-lo.
Vassily permaneceu em Vladímir até janeiro de 1960. Khruschev mais uma vez me chamou. Havia o plano, não sei quem o imaginara, de propor a Vassily que vivesse em qualquer parte, não em Moscou, trabalhar ali, levar a família, trocar o sobrenome por um menos conhecido. Disse-lhe que, a meu ver, ele não iria concordar com isso. Eu sempre tentei demonstrar que seu alcoolismo era uma enfermidade, que ele não podia responder por suas palavras e atos como uma pessoa normal - mas isso não convencia.

Pouco tempo depois, Vassily foi chamado por N. S. Khruschev, que com ele conversou mais de uma hora. Haviam decorrido sete anos desde sua primeira prisão... Vassily disse, depois, que Khruschev o havia recebido como verdadeiro "pai". Beijaram-se e ambos choraram. Tudo acabou bem: deixaram Vassily viver em Moscou. Deram-lhe um apartamento no Cais de Frunze, casa de campo em Júkovka, perto da minha; restabeleceram o título de general da reserva e os respectivos proventos, automóvel, carnet do partido - sem qualquer interrupção - e tudo isso lhe foi restituído juntamente com as condecorações militares. Pediram-lhe apenas uma coisa: encontrar uma ocupação qualquer e viver tranqüila e pacatamente, não perturbando nem aos outros, nem a si mesmo. E pediram-lhe, também, que não fosse à Geórgia - já que Vassily, desde o primeiro momento, pedia que o mandassem para lá...

Em janeiro, fevereiro e março viveu em Moscou e rapidamente sentiu-se de novo o que era antes. Em seu derredor, sem tardança, reuniram-se certas pessoas da Geórgia - levaram-no ao "Aragvi", bebiam com ele, glorificavam-no, incensavam-no... De novo sentiu-se como o "príncipe herdeiro"... Chamaram-no à Geórgia -ali, sim, é que ele iria viver. Isto lá é apartamento! Isto lá são móveis! É uma vergonha e uma humilhação darem a ele, logo a ele, tais móveis! Lá construirão para ele uma casa de campo perto de Sukhumi (foto a seguir), lá viverá como tem direito...
Arranjaram-lhe uma georgiana não muito jovem, que lhe propôs casarem-se imediatamente e irem para Sukhumi. Seus filhos, na época já grandes, um rapaz e uma moça, procuraram dissuadi-lo e pediram que expulsasse de casa todos aqueles georgianos e preveniram-no de que aquilo, de novo, acabaria mal. Ele respondia que sabia o que fazia, que não competia a eles dar-lhe lições...Começou novamente a beber, não estava em condições de se controlar, e os amigos, especialmente os georgianos, embriagavam-no sem piedade...

Finalmente, em abril foi "tratar-se" em Kislovodsk; sua filha Nadya foi com ele e escreveu de lá que ele, de novo, tomava grandes bebedeiras, que estava sempre a fazer barulhos, escândalos, ameaçando todo mundo e querendo dar lições a todos, de tal modo que atraía sobre si todos os olhares de Kislovodsk(8).
 
Kislovodsk
Da Geórgia chegaram, mais uma vez, uns patifes de automóvel e queriam  leva-lo consigo. Ele não foi com eles mas desapareceu, não se sabe onde, reaparecendo cinco dias depois - parece que estava ali mesmo, em casa de uma mulher guarda-freios...Quando voltou para Moscou ficou em casa pouco tempo. No final de abril, soubemos todos que ele estava cumprindo o resto da pena na prisão - os mesmos oito anos que haviam tão generosamente permitido que interrompesse a fim de começar nova vida... Agora "pediram-lhe" que a pena fosse cumprida até o fim , uma vez que não se conduzira, em liberdade, de maneira digna.
A pena não foi  cumprida até o fim: na primavera de 1961 libertaram-no, apesar de tudo, em vista de seu estado de saúde: fígado enfermo, úlcera no estômago, esgotamento geral do organismo - durante toda a vida não comia nada, mas apenas inundava seu estômago de vodca.

Libertaram-no de novo, porém em condições mais duras que antes. Permitiram-lhe viver onde quisesse, menos em Moscou e na Geórgia. Não se sabe porque escolheu Kazan e foi para lá com uma mulher encontrada casualmente, a enfermeira Macha(9), que se achava a seu lado no hospital...

Em Kazan deram-lhe apartamento de um único quarto, recebia proventos como general de reserva - estava, porém, absolutamente arrebentado, física e espiritualmente. Morreu a 19 de março de 1952, tendo passado 24 horas inconsciente, depois de uma bebedeira com alguns georgianos. A autópsia atestou a completa destruição do organismo pelo álcool. Tinha apenas 41 anos. O filho e a filha (do primeiro casamento)  foram ao enterro juntamente com a terceira esposa, Kapitolina, sua única amiga. Nos funerais reuniram-se praticamente todos  os habitantes de Kazan...Olhavam as crianças e Kapitolina, com espanto, pois a enfermeira Macha conseguira com ele casar-se irregularmente, e a todos afirmava que fora sempre e durante toda a vida "a sua fiel amiga". Mal permitiu que as crianças se aproximassem do caixão. Em Kazan, na sepultura do General V.I.Djugachvili, há uma pretensiosa inscrição feita por Macha: "Ao único".
Mais cartas de Svetlana, ler Aqui no Blog.
Mais fotos relacionadas à Vassily:
-Com sua primeira esposa,Galina Burdonskaya, e os filhos Nadya(Nadeshda) e Alexandr. Reparem que ele deu à sua filha o nome de sua mãe, a segunda esposa de Stalin.
Segunda esposa: Ekaterina Timochenko, com quem teve um filho, que viveu pouco tempo.
A seguir, Aleksandr, filho do primeiro casamento de Vassily, hoje diretor e produtor teatral:


______________________________________
(1)Fica aqui uma dúvida: no meu exemplar vem escrito "sua ambicionada carreira", mas na carta que peguei na internet russa consta a palavra "stremitelnaya", cuja tradução é apressada, precipitada.A palavra russa relativa à  "ambicionada" seria "stremliennaya".(nota da Milu)

(2)Palavra acrescentada por mim, para maior fidelidade ao texto em russo. 

(3) Chefe da guarda pessoal de Stalin. 
Béria passou por vários postos na URSS de Stalin: foi do serviço secreto, foi chefe da Tcheká, foi Vice Presidente do Conselho de Ministros, membro do Politburo e, após a morte de Stalin, Ministro do Interior. Foi preso e fuzilado, acusado de conspiração contra os companheiros de governo, pouco depois da morte de Stalin, ainda em 1953. 

(4) Membro da Polícia Secreta.
(6) Também egresso da Tcheká, foi presidente do Soviete de Moscou(equivalente a prefeito), foi presidente do Conselho dos Ministros da República Federativa Russa e, após a morte de Stalin ocupou o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, tendo sido derrubado por Khurschev, passando a viver no ostracismo. 

(7)Marechal Bulgânin 

(8)Estância mineral russa, na região de Stravopol. Literalmente seu nome significa "água amarga".
(9)Maria Ignatieva

Obs: Vasily morreu em 1962, com 41 anos.Seu corpo foi trasladado de Kazan para Moscou, para o tradicional cemitérioTroekurov, a sudoeste da cidade.Lá se encontra também sua última mulher, Maria, falecida no ano 2000.A iniciativa do traslado coube à filha de Maria, Tatiana, e está sendo contestada pelos filhos de Vassili, que consideram isto um "ato de pirataria", uma vez que não reconhecem nenhuma ligação entre esta moça e seu pai, conforme eu acabei de ler no Newsru.com. Também uma prima de primeiro grau de Vassily alegou desconhecer esta Tatiana e alega qeu seu primo só teve filhos do primeiro casamenteo, Nadia e Sacha.Afirma, ainda, que Vassily apenas se casou com Maria para regularizar a situação de ambos, não tendo filhos com ela.Que ela só teve filhos do primeiro casamento. 
Finalizando o post com estas "intrigas palacianas", deixo a foto do túmulo de Vassily e Maria. Meio mórbido, mas que pode ser de interesse dos mais ficcionados na história russo-soviética.

Retrato de autor por mim desconhecido: Stalin e Vassily
Vassily entre os pilotos(ele é o que está sentado)

Stalin com os filhos Svetlana e Vassily, anos 30
Para finalizar, uma foto de Stalin mais novo, mostrando a semelhança dele com Vassily:

fontes:
livro Vinte Cartas a Um Amigo (EdNova Fronteira, 1967)
-Carta 19 em russo, que serviu de base para corrigir alguns detalhes da edição brasileira.
Fotos: adquiridas através do serviço russo de busca www.yandex.ru 
http://www.paradisedm-tour.ru/ 
http://m-necropol.narod.ru/

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