George Valentinovitch Plekhanov, considerado o fundador do marxismo russo e, ainda, tido por muitos como seu líder exponencial, nasceu em 11 de dezembro de 1856 (acima, selo comemorativo do centenário de seu nascimento, comemorado na URSS pelo governo de Nikita Kruschev).
Sua cidade natal é Gudalovka (província de Tambov), posteriormente rebatizada de Plekhanov, situada no sudeste russo.
Ainda estudante, Plekhanov foi atraído pelo populismo e passou a integrar uma organização clandestina "Terra e Liberdade", da qual se tornou, em 1879, dissidente, fundando seu próprio grupo - o "Redistribuição Negra".
Em 1880, emigrou para o Ocidente e dedicou-se ao estudo da literatura marxista. Concluiu, então, que a única solução para a Rússia era o socialismo científico. Em 1883, Plekhanov fundou, em Genebra, um pequeno partido com a finalidade de divulgar as idéias marxistas na Rússia: o Liberdade e Trabalho. Condenava, violentamente, a revolução feita de cima para baixo, achando que ela teria que partir do povo, que lideraria, através de um partido social-democrático militante, a luta de toda a Rússia contra a ordem feudal absolutista.
Na liderança do Partido Social Democrático Russo dos Trabalhadores, ele se viu eventualmente eclipsado por Lenin, com quem, não sem uma certa apreensão, colaborou para a publicação do livro "A Centelha". Apoiou Lenin em 1903 contra os Mencheviques no congresso do partido, mas em novembro desse mesmo ano eles se desentenderam e se separaram. Lenin queria tomar o poder através do partido e, então, implantar o socialismo na Rússia, mas Plekhanov achava que o país ainda não estava amadurecido para isso Durante a crise revolucionária de 1905, Plekhanov era de opinião que os socialistas deviam colaborar com os burgueses liberais, contra o absolutismo, mas não conseguiu que o seu ponto de vista fosse aceito. Manteve sua opinião até 1917, quando, finalmente, voltou à Rússia condenando a revolução bolchevique como uma traição aos princípios marxistas. Poucas semanas mais tarde, no entanto, ameaçado de morte por um bando de marinheiros revolucionários, teve que fugir de sua casa e de seu país.
Morreu, desiludido, na Finlândia, a 30 de maio de 1918.
Deixou publicados, entre outros, três trabalhos de monta: "Em defesa do materialismo"; "O papel do indivíduo na História" e "Arte e vida social".(basta um clique nos títulos, para acessar os textos).
Para finalizar, deixo algumas fotos de Plekhanov, seu mundo e seu tempo.
Acima: Casa-Museu de Plekhanov, em Lipetski, Rússia; abaixo,seu túmulo e,a seguir, com Lenin e o grupo que lutava pela libertação da classe trabalhadora, em 1895:
Gudalovka, sua terra natal:
Bibliografia:
História das Revoluções - vol.9 (Editora Três)
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http://www.pco.org.b
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