Livro editado pela Cosac & Naify, com tradução direta do russo pela prof. Aurora Bernardini e com um "quase prefácio" do maravilhoso prof. Boris Schnaiderman e 94 páginas de puro prazer da leitura.
O autor é Yuri Tyniánov, nascido em 1894. Autor de importantes ensaios teóricos e históricos, bem como de romances históricos ambientados nos tempos de Puchkin.
Saliento que a obra O Tenente Quentange foi, também, filmada em 1934, sob o título "O tenente Kije). Não possuo o filme e, para ser bem sincera, não o conheço, entretanto, já li vários elogios a ele. Procurei bastante, sem sucesso. O único link que encontrei para quem se interessar em assisti-lo está a seguir:
O Tenente Quetange era um personagemade uma anedota histórica, dos tempos do Tzar Pavel I . No livro, Tyniánov se apropria desta piada para dar o "ponta-pé" inicial na sua história: Quetange, aqui, é um oficial inexistente, que surge nos documentos oficiais como resultado do erro de um escrivão, erro este que vai mudar todo o curso da história. A partir deste tema, a novela surge como uma sátira à autocracia e burocracia reinantes naquela época, trazendo à tona
"o grande paradoxo da história russa: um país subdesenvolvido, que havia se tornado uma grande potência militar, no jogo de poder na europa e no mundo".
No prefácio, o prof. Boris nos dá uma explicação detalhada da obra, ligando-a à posição literária do autor, um crítico do formalismo russo. Vou me abster de reproduzir isto aqui, deixando ao leitor a chance de ler o livro completo, incluindo seu precioso prefácio, me atendo, apenas, à sinopse da obra.
Um comentário:
o filme: https://www.youtube.com/watch?v=J7y-mtJ2bCU&index=26&list=PLtjbQSIzFDjHezTcinUL9leshMKHee6S7
ass.: tcheburaskinho
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