sexta-feira, 21 de maio de 2010

OS ARRANHA - CÉUS DE STALIN: AS 7 IRMÃS


O que ficou conhecido na Rússia (e no mundo) como "as sete irmãs" é um conjunto de arranha-céus construídos em Moscou entre finais dos anos 40 e início da década de 50 do século XX.

"As Sete Irmãs" ou "" Os Sete Edifícios de Stalin", como também ficou conhecido, é mais uma obra arquitetônica do período stalinista, marcado por obras gigantescas e majestosas, tais como o metrô de Moscou e o canal que liga o rio Moscou ao Volga, entre outras e surgiu como o pináculo do "império stalinista" no pós-guerra, em termos de arquitetura urbana.

Tal conjunto, com formato semelhante a bolo de noiva, pode ser visto de quase qualquer canto da capital russa. Suas funções são variadas, indo do hotel, passando pela universidade, até a simples moradia.

Originalmente, foi planejada a construção de 8 arranha-céus, número este escolhido para simbolizar o oitavo centenário de Moscou, comemorado em 1947, mas um dos edifícios não pode ser construído, devido à dificuldades financeiras(sua fundação serviu de base para, mais tarde, se erigir o "Hotel Rossya":

O Rossia já não existe mais: foi fechado em março de 2006, pouco antes de minha última visita a Moscou. Este hotel era - realmente, algo de megalômano! Formado por 4 corpos de 12 andares cada, dispostos em um único retângulo de 250 x 150 m, com 3182 apartamentos, para 5300 pessoas e surge como um dos maiores projetos efetuados na Europa, naquela época.

Outro integrante deste conjunto é o edifício principal da Universidade Estatal de Moscou Lomonossov (MGU) (com 235 metros). A foto abaixo é do MGU quando da minha primeira ida à Moscou, em 2002:
Um dos mais altos é o edifício residencial, construído no embarcadouro da margem esquerda do Rio Moscou. Serviu de moradia aos privilegiados do regime, ao mesmo tempo que tal privilégio veio a se tornar um castigo, uma vez que Stalin, com suas neuras, mandou encher o local de câmaras, saídas secretas, postos de escutas, etc. Se o morador acordava no meio da noite e não via um membro de sua família em casa, podia ter certeza que jamais o reveria...

Hoje, aí se tornou o símbolo dos novos ricos, sendo um dos metros quadrados mais caros da capital. Possui 26 andares residenciais, mais 6 andares técnicos e mede 176 metros. Possui 540 apartamentos, dos quais, 336 possuem dois quartos, 173 de três quartos, 18 de quatro quartos e 13 de apenas um quarto.

A este edifício se agregou "o velho" - um edifício oito anos mais antigo, com saída pra o rio Moscou, criado pelos mesmos projetistas, representando um corpo de 9 andares.
Os dois totalizam 700 apartamentos, apresentando ainda correios, lojas, cinema, e um apartamento- museu, onde viveu a bailarina Galina Ulanova.
fonte: wikipedia.ru

HotelUkraína:
Aqui eu fiquei na minha viagem à Rússia em 2006.
Fotos do saguão do hotel, tiradas em 2006

Ministério do Comércio Exterior:
Edifício residencial na Praça Kudrinskaya(Praça da Revolta)
Est edifício foi concluído em 1954 e possui 24 andares, dos quais 18 são residenciais. Possui mais de 450 apartamentos. Serviu de moradia para trabalhadores da indústria aeronáutica, pilotos e membros da "NOmenklatura" do PCUs e do Conselho de Ministros da URSS. O valor de seu metro quadrado também é muito elevado.


Edifício da Praça dos Portões Vermelhos
Este edifício serve para uso administrativo e residencial, possuindo em seu pátio um restaurante, tendo, inclusive, um jardim de infância. Eu o classificaria tipo um condomínio nos nossos moldes.

Alguns analistas ocidentais acreditam que o ditador, em seus delírios de grandeza, gostava de obras suntuosas e gigantescas, como uma forma de propaganda, visando mostrar a pequenez do indivíduo face ao Estado Soviético, o que , para mim, faz bastante sentido. Acrescento, a isto, o lado megalomaníaco de Stalin, a exemplo de Pedro, o Grande. Acredito não estar cometendo erro em comparar os dois, principalmente suas obras, que maravilham tantos turistas até hoje. Bem como, não é errado comparar o sacrifício humano das obras destes dois "imperadores". Mas, mais do que tudo - o que ficou, tanto de um como de outro, foi a suntuosidade e grandiosidade que são típicas de um país e de um povo grandioso e lindo.

uma das sete irmãs vista ao fundo, depois do muro do Kremlin,
bem às minhas costas
uma das sete irmãs, em foto tirada da janela do meu apartamento no Hotel Kosmos, em 2002.

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