DICA LITERÁRIA: O DIABO MESQUINHO ( FIÓDOR SOLOGUB)

Pelo nome do autor, não tem como negar: é mais um livro da vasta e rica literatura russa.
Passando ontem por uma livraria, me deparei com este livro e a capa me chamou a atenção: "é russo", pensei, e minha compulsão já logo se manifestou. Entrei, li a contracapa. Gostei.

Chegando em casa comecei imediatamente a leitura do livro: super agradável, prende a atenção, excelente tradução: não poderia querer nada melhor.

Ele foi escrito no final do século XIX e Fiodor Sologub, apesar de não ser conhecido aqui no Brasil, foi um expoente do Simbolismo Russo.

O autor possui uma "narrativa pessimista, influenciada tanto pelas construções de Cervantes (D.Quixote era seu livro de cabeceira) e pelo idealismo de Schopehnauer, tanto como pelos procedimentos de humor de Gogol e pelas questões de moralidade de Dostoievski; assim, ele nos mostra um mundo no qual se discutem conceitos de perfeição, amor e beleza".

Com influências deste peso, não se pode esperar outra coisa, senão uma leitura fascinante.
Milu Duarte

ndo direto à sinopse do livro, ele narra as desventuras de Ardalion Borissytch, um professor em busca da ascensão social, que busca uma esposa para conquistar o desejado posto de inspetor escolar e acaba envolvido numa teia incessante de mexericos.Os divertidos estratagemas das pretendentes ao matrimônio e as ações de seus conhecidos, só fazem alimentar os pesadelos alucinatórios que o assaltam e que dão um tom fantástico e fantasmagórico à obra. Numa sociedade sem vítimas, todos conspiram para a loucura de um homem já corrompido. Paralelo à historia de Ardalion, existem outras, todas paralelas e misturadas.

Como pano de fundo, a obra fornece um retrato sarcástico de uma típica cidade de russa de província.