Uma das mais importantes figuras entre os emigrantes políticos dos tempos soviéticos foi a filha de Stalin - Svetlana Alliluyeva, que viveu nos EUA após sua saída da URSS, no ano de 1967, e que no decorrer de muitos anos, ficou sob a rígida vigilância do serviço de contraespionagem estadunidense.A este respeito testemunham documentos do FBI liberados em 2012 por solicitação da Agência Associated Press, com base na lei de liberdade de informação.O material contendo o dossiê de Alliluyeva se refere, principalmente, ao final dos anos 60 e contém não apenas os relatórios do FBI, mas, também, artigos de jornais sobre a ilustre imigrante que recebeu asilo político nos Estados Unidos.
Em uma das informações, obtidas com base em conversas com "fontes confidenciais", se fala que seu exemplo poderia exercer um "forte impacto" em outras pessoas que considerassem uma fuga daquele país do bloco oriental.
Ao govrno estadunidense interessava, sobretudo, a questão de como a partida de Alliluyeva e a publicação de suas famosas "Vinte Cartas a Um Amigo" (publicadas neste blog, em diversos posts) afetaria as relações entre os dois países. Em Moscou admitiram de que a decisão da filha de Stalin de não voltar ao país fora um duro golpe a ideologia soviética. Se com sua referência ao próprio pai como um "monstro moral e espiritual" a liderança soviética após o XX Congresso do Partido Comunista ainda poderia, de alguma forma, se conciliar, mas pela definição "altamente corruptível", em relação ao sistema soviético já não poderiam perdoá-la.
Svetlana foi privada da cidadania soviética e retornar à pátria, onde deixara dois filhos, só pôde após o ano de 1984.Ela adotou, então, o sobrenome de seu marido, um arquiteto americano, tornando-se Lana Peters, recorda a agência russa de notícias ITAR-TASS. Assim, ela não pôde viver na União Soviética e em 1986 deixou sua terra natal pela segunda e última vez.
Svetlana morreu em novembro de 2011, numa casa de repouso na cidade de Richland Center, no estado de Wisconsin, aos 85 anos. Única filha de Stalin, disse que aonde quer que estivesse, até mesmo em alguma ilha, ela sempre permaneceria uma "presa política" em nome de seu pai.
É preciso dizer que Svetlana conseguiu de volta sua cidadania soviética logo após sua ida ao país em 1984, acompanhada de sua filha Olga Peters. Nesta época ela viveu cerca de dois anos em Moscou e na Geórgia. Em 1986, solicitou ao PCUS
autorizar sua saída para o estrangeiro. Após a intervenção pessoal do
secretário-geral do CC do PCUS, Mikhail Gorbatchev, ela foi autorizada a
regressar aos Estados Unidos. Ao ir embora, Svetlana Alliluyeva manteve
dupla cidadania: da URSS e dos Estados Unidos.
Deixo com você um vídeo de uma entrevista de Svetlana, em russo, com legendas em inglês.
E, finalmente, um vídeos em russo: um com a notícia sobre a liberação dos documentos do FBI:
E outro, um vídeo da série "Em Segredo - Crianças do Kremlin". Histórico e super interessante, mas em russo, sem legendas.Espero que sirva à turminha que estuda russo.
Fontes de Consulta:
http://www.vesti.ru/ Fontes de Consulta:
www.youtube.com
Tradução: Milu Duarte
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