Um dos primeiros posts deste blog foi sobre Raasputin, personalidade pela qual sempre me senti atraída, quer seja pelas inúmeras lendas que criaram a redor de seu nome, quer seja pela sua "aura mística", por assim dizer. O certo é que este interesse me leva a procurar, constantemente, material a seu respeito, a ler muito sobre sua vida, numa tentativa, nem sempre fácil, de separar fatos de boatos.
No citado post, fiz uma abordagem mais voltada para seus propalados poderes. No post de hoje, fica uma sucinta biografia, mostrando aspectos interessantes de seu caráter e de seu comportamento. Claro que sei que existe biografia dele de sobra na internet, mas nunca é demais disponibilizar coisas que vou encontrando por estas minhas leituras afora e que julgo interessantes.
Não se sabe ao certo quando nasceu Grigori Efimovich Rasputin, o homem que se tornou o favorito na Corte do imperador Nikolai II da Rússia. Imagina-se que tenha sido por volta de 1872, em Pokrkovskoe, oeste da Sibéria. Originalmente, seu nome de família era Novykh.
Camponês, ele era dono de forte magnetismo pessoal e parecia ter realmente poderes hipnóticos. Dizia ter inspiração divina e ser capaz de fazer milagres. Em particular, afirmava que o contato íntimo com ele tinha um efeito purificador: assim, satisfazia seu insaciável apetite sexual. Foi este seu comportamento que lhe angariou o nome de Rasputin, palavra derivada de 'rasputnik",que em russo significa devasso, libertino.
Por si mesmo santificado, chegou em 1903 a São Petersburgo como simples peregrino. O misticismo era muito valorizado na época e cedo ele se tornava o centro das atenções da alta sociedade.
Foto de Rasputin com seus admiradores(predomínio quase absoluto de mulheres...)
Em 1905, foi apresentado ao casal imperial. A imperatriz Aleksandra passou a achar que ele havia sido enviado por Deus para salvar a dinastia Romanov, já que seu único filho era hemofílico. A partir daí, ele passou a adquirir poderes incríveis na Corte, apesar de, muitas vezes, comportar-se de forma grosseira e de seus modos deseducados.
Quando uma autoridade eclesiástica o denunciava como impostor, era prontamente punida e castigada. Os jornais que comentavam seu poder eram confiscados; mas em 1912, a pressão foi tão grande, que ele foi enviado à sua terra natal, de onde voltou em 1914, após ter sobrevivido a um atentado.
Em 1915, Rasputin conseguiu que seus protegidos tomassem o lugar dos antigos ministros russos.Passou a proteger negociantes inescrupulosos e corruptos. Suas atividades praticamente paralisaram a administração e aumentaram grandemente a brecha existente entre a Corte e a opinião pública. A única qualidade que se pode ressaltar de sua personalidade, é que ele era defensor da paz e contra a guerra que sacrifica inutilmente vidas humanas.
Na noite de 29 para 30 de dezembro de 1916 foi encontrado morto em sórdidas circunstâncias. Seus assassinos, que o envenenaram e depois o crivaram de balas, foram os conservadores V.M.Purishkevich, Dmitri Pavlovich e F.Fl Yussupov (1), que alegaram terem-no assassinado para salvar a Monarquia.
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(1)Mesmo príncipe que recebeu a proteção do irmão de Lenin, citado no post sobre Olga Ulyanova
fontes:
Revoluções(Ed.Três, vol.11)
://onlainfilm.ucoz.ua/
Um comentário:
Oi Milu! Obrigado pela dica! Rasputin é sem dúvida uma das figuras mais fascinantes da história mundial. Encontrei muita coisa na internet. Tenho um livro do Richard Pipes que trata sobre a revolução russa e fala de Rapustin meio de passagem, não desmentindo e nem confirmando a participação dele na seita dos flagelantes, embora quase todas as fontes, inclusive a enciclopédia britânica, atestem essa informação.
Eu particularmente acredito que ele não fez parte desse grupo uma vez que ele possuia uma postura de atuação mais individual. Algo do tipo "carreira solo".
O que acha de lançar uma biografia dele em português? ;)
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