caricatura intitulada "o pássao Gógol", de Leonid Pafrenov
fonte: http://avazone.ru
Sou totalmente contra a tradução de nomes próprios, sobretudo em se tratando de escritores russos. Nunca vi ninguém se referir a Shakespeare como "Guilherme" Shakespeare, ou a Zola como Emílio Zola; mas, infelizmente, isto é uma constante em se tratando de escritores russos, ou pelo menos, era, até há alguns anos atrás. E haja confusão no assunto. Em alguns lugares se referem a Leão Tolstoi.Outras vezes o tratam a francesa: Leon Tolstoi, que era amigo do Máximo Gorki! Mas nunca li em canto algum que existiu um presidente americano chamado João Kennedy, como nada li a respeito de Ernesto Hemingway .
Esta mania está presente em quase todos os romances de escritores russos traduzidos diretamente do francês. Não entendo porque os franceses insistem nisto, sendo que- com certeza- não gostariam de ter seus nomes traduzidos para qualquer outro idioma.
Fica uma pergunta que não quer se calar: se é para traduzir o nome, por que não fazem o mesmo com o sobrenome?
Seria bem interessante. Teríamos os seguintes escritores:
- Leão Gordo(o autor de Guerra e Paz)
-Máximo Amargo (autor de A Mãe)
-Nicolau Mergulhão (autor de Almas Mortas)
-Anatólio dos Pescadores (autor de Os Filhos da Rua Arbat )
- André Branco (autor de Petersburgo)
- Antonio dos Tchecos (autor de Tio Vania e As Três Irmãs)
Não sei por qual motivo, não traduziram o "Fédor" Dostoïevsky para Teodoro. Seu sobrenome, talvez, tivesse que ser traduzido para "de Dostbévo": Teodoro de Dostbevo (nome de uma aldeia na Bielorrússia, onde teve origem a família Dostoievski, até onde sei).
Graças a Deus (e a uma nova safra de excelentes tradutores brasileiros), agora estão traduzindo tais escritores diretamente do russo para o português e meu escritor predileto já aparece com seu nome correto: Liev...
MD
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