quarta-feira, 31 de março de 2010

A POESIA DE BELLA AKHMADÚLINA


Akhmadúlina quando completou 70 anos, em abril de 2007
Bella Akhmadulina (Izabella Akhatovna Akhmadulina) é uma famosa poeta, tradutora e ensaísta russa. Nasceu em Moscou, a 10 de abril de 1937, descendente de ancestrais russos, tártaros, georgianos e italianos.Seus primeiros poemas foram publicados em 1955, na revista Oktyábr (outubro). A ousadia de seus versos pode ser comparada a de Anna Akhmatova e Marina Tsvetaeva.

Seu primeiro casamento foi em 1954, com o também escritor russo Yevgeny Yevtushenko e foi exatamente ele quem marcou muito toda a sua obra. Muitos de seus poemas foram escritos para Yevtushenko.
Bella e Yevtuchenko(à esquerda dela,fumando)
Yevtuchenko
Seu segundo marido foi Yuri Naguibin, em 1960 e o terceiro - o famoso artista russo Boris Messerer.
Dificuldade das relações entre as pessoas, amizade e amor são os temas principais de sua poesia, que não escreve direto sobre política, embora estivesse muito ligada ao movimento dissidente, especialmente no período Brejnev.
Bella ainda é viva e mora em Moscou.



Para ler mais poemas de Akhmadullina (em ingles) accesse aqui!

SEPARAÇÃO
(poema estraído do livro " Poesia Soviética", trad. e compilação de Lauro M. Coelho)
Hoje nos separamos para sempre
e isso faz o mundo transformar-se.
Tudo nele anuncia a traição:
os rios vão se afastando das margens,
as nuvens vão se afastando do céu,
a mão direita olha para a esquerda
e arrogante diz: "Vou embora, adeus!"

Abril não mais prepara o mês de maio,
mês de maio que nunca mais verás,
e as flores se desfolham, feitas pó.
É a derrota do azul para o amarelo!

Já as últimas flores se esturricam,
comprimento e largura não há mais,
o branco, em estertor, já agoniza,
deixando um arco-íris de orfãzinhas.

A natureza afoga em sua tristeza,
a maré baixa sobe pela margem,
calam-se os sons e isso porque nós,
você e eu, pra sempre nos deixamos

(escrito por Akhmadullina quando se separou de Yevtuchenko)

PENSEI QUE ERAS MEU INIMIGO

Pensei que eras meu inimigo,
a minha grande infelicidade.
Mas inimigo não és - só um mentiroso
e são vãs as tuas manobras.

Diante do carrossel
eu joguei cara ou coroa.
Queria, com essa moeda,
saber se te amo ou não.

Meu lenço ficou caído
no chão, no jardim Aleksándrov.
Aqueci as mãos; mas todos souberam
o que eu pensava - e que também mentia.

As mentiras devem estar voando
à minha volta como corvos.
Mas da próxima vez que te despedires
não verás, em meus olhos, nem azul nem negro.

Ah, continua vivendo, não fique triste.
Por mim está tudo bem.
Mas como tudo isso é inútil,
como é tudo absurdo!
Você indo para um lado,
eu indo para outro.

(texto e poema extraídos do livro Poesia Soviética, com seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho.)

Aos curiosos ou aos que sabem o russo, um video de Akhmadulina declamando um de seus poemas, o que ela faz com uma musicalidade invejável, que só um russo possui...


A seguir, Bella quando completou 70 anos:

SERGUEI TRUFANOV - GYPSY PASSION - THE BEST VIOLIN


Este disco reúne tudo que adoro: melodias russas das melhores, lindas czardas, um piano incrível e o mais incrível ainda violino! tudo isto junto resultou em um trabalho belíssimo, que traz o fantástico violinista russo - Sergei Trofanov - numa performance de fazer vibrar a alma de emoção. Para provar que não estou exagerando, aí vai um videozinho de uma das faixas do disco.

FICHA TÉCNICA:

Sergei Trofanov, violino
Olivier Radu, piano
Oscar Gelfgand, piano
Vladimir Sidorov, acordeon
Claude Simard, baixo

FAIXAS:

1 - Moldova (S. Trofanov) - 4:36
2 - Corsica (P. Guelfucci, C. Mac-Daniel) - 3:42
3 - L`Aube/ The Dawn (S. Trofanov) - 4:10
4 - Boucles D`Or/ Goldilocks (Traditional) - 5:13
5 - Adios (S. Trofanov) - 4:27
6 - La Boheme (C Aznavour, J. Plante) - 4:15
7 - Beltz (Jewish Traditional) - 3:48
8 - Night Fall (S.M. Lewis & P. De Rose, C. Harold) - 4:19
9 - Yamshick (Traditional) - 2:38
10 - Les Yeux Noirs/ Dark Eyes (Traditional) - 2:08
11 - Deux Guitares/ Two Guitars (Traditional) - 4:54
12 - Yiddish Mamme (Traditional) - 3:00
13 - Danse Hongroise No.5/ Hungarian Dance No.5 (J Brahms) - 2:50
14 - Gnossienne No.1 (E.Satie) - 3:38
15 - Cazrdas (V.Monti) - 4:55
16 - L`Alouette/ The Skylark (Traditional) - 2:15
17 - Russian Medley/ Pot-Pourri Russe (Traditional) - 3:52
18 - Tzigane Russe/ Russian Gypsy (Traditional) - 3:50
19 - Vai Vedrai 'Excerpt From Alegria' (F.Dragone, R.Dupere) - 3:44
20 - Un Amor (B.M.Baliardo, P.R.Reyes) - 3:41

Este disco se encontra disponível na web, nos seguintes endereços:

club music dj's

CONHECENDO MÚSICAS E DANÇAS FOLCLÓRICAS RUSSAS (MÚSICA E VIDEOS)

Pequena amostra das músicas e danças folclóricas russas, aí incluída a famosa Barinaya, bem como a música cigana russa. Tudo uma maravilha, que vale a pena assistir e escutar.

ALBUM DE MÚSICAS FOLCLÓRICAS RUSSAS DA CIA. BALALAIKA

1. Carol of Bells mp3
2. Waltz "Daydreams" by V.V. Andreev mp3
3. Deck The Halls mp3
4. Birch tree mp3
5. Father Frost ("Moroz-Moroz") mp3
6. Those were the days, my friend (Gypsy song "Dorogoi Dlinnoyu") mp3
7. Jingle Bells mp3
8. Evening bells mp3
9. Jolly Old Saint Nicholas mp3
10. Burn, burn, gypsy love... (Gori gori lyubov' tsyganki) mp3
11. Joy To The World mp3
12. I met you mp3
13. Folk Carol from Smolensk region of Russia mp3
14. Kalinka (Russian folk song) mp3
15. Snowstorm (Russian folk song Metelitsa) mp3
16. Katyusha mp3
17. Snow Maiden (Snegoorochka) mp3
18. The Moon is shining brightly (Svetit Mesyats) Russian folk song mp3
19. Field, my Field (Polyushko-Pole) mp3
20. Moscow Nights (Podmoskovnye Vechera) mp3
21. Murka mp3
22. Girl Nadya (Devochka Nadya) - two step dance mp3
23. Dark Eyes (Ochi Chernye) mp3
24. Steppe (Step' da step' krugom) mp3
25. Tzar Nikholai mp3

TOLSTOI SEMPRE ATUAL: DA GUERRA DO CÁUCASO DE KHADJI MURAT AOS EPISÓDIOS BÁRBAROS QUE ASSOLAM A RÚSSIA...

ilustração da edição russa

Os horrores que a gente vem presenciando na Rússia, com seguidos ataques terroristas (tanto no metrô de Moscou, como hoje, no Daguestão) me reportam a uma importante obra da literatura, escrita por Tolstoi. Trata-se da novela, belíssima, Khadji Murat, escrita quando este titã russo estava no auge de seus 75 anos, mas considerada por muitos uma de suas criações mais perfeitas.Trata-se de um verdadeiro grito contra as injustiças sociais e políticas.
A história discorre, justamente, sobre as lutas no Cáucaso, a luta dos tchetchenos contra os russos para manter a sua independência, durante as batalhas pela sua anexação por parte do império russo.
capa de uma das edições russas
capa edição brasileira

Esta obra só foi publicada após a morte de Liev Nikolaevitch e se tornou uma das principais entre o povo russo. Toda ela é verídica. Khadji Murat, o guerreiro tchetcheno, existiu e Tolstoi, ainda jovem, esteve no centro dos combates do Cáucaso em 1851, lá permanecendo por dois anos e sete meses em incursões a povoados tchetchenos. Ele não chegou a ver Khadji Murad, apesar de ter estado ali no tempo em que os russos lutaram contra Chamil(*), quando Khadji Murat se passou para o lado dos russos. Somente 43 anos depois, em 1894, foi que o autor iniciou sua novela sobre este tema. E haja trabalho: passou os anos de 1894 a 1905 (e ainda o considerava inconcluso) elaborando este livro, que para alguns é uma novela, mas para O professor Boris Shnaiderman é um romance curto e, para mim, simplesmente uma obra prima. Ainda segundo este grande professor, são conhecidas 1266 páginas de diferentes versões desta obra e, segundo especialistas, muitas outras se perderam.
O que estimulou Tolstoi a realizar este trabalho consta de seus diários, de julho de 1896:
" Eu voltava para casa, através dos campos. Estávamos precisamente no meado do verão"...."Colhi um grande ramalhete de flores diversas e ia para casa, quando notei, numa ravina, magnífica bardana carmesim em flor, daquela variedade que recebeu em nossa região o nome de 'tártaro"..."Eu caminhava ao léu, pela estrada empoeirada. O campo lavrado, parte de terras senhoriais, era muito vasto; de ambos os lados e na frente, morro acima, via-se apenas o alqueire de terra negra, ainda não gradeada. A lavra estava bem feita, de modo que em todo o campo não se via uma planta, uma ervinha sequer, tudo era negro",,,"Na minha frente, à direita, via-se um pequeno tufo de vegetação. Chegando mais perto, reconheci outro 'tártaro', da mesma variedade daquele cuja flor eu colhera e jogara fora em vão. O pequeno tufo consistia em três plantas. Um delas fora cortada, e o resto de um ramo aparecia como um braço decepado. Em cada uma das outras duas havia uma flor. Essas flores tinham sido vermelhas, mas agora estavam negras. Uma haste fora quebrada e a sua metade, com uma flor suja na ponta, pendia para baixo: a outra, apesar de coberta de lama negra, ainda se mantinha erguida. Via-se que todo o tufo tinha sido pisado por uma roda e que se erguera mais tarde, ficando inclinado para um lado, mas sempre se mantendo de pé - como se lhe tivessem arrancado um pedaço do corpo, revolvendo-lhe as entranhas, e lhe decepassem um braço e furassem os olhos, mas ele sempre se mantivesse firme, sem se entregar ao homem, que destruíra todos os seus irmão ao redor.
'Que energia'! - pensei. - 'O homem venceu tudo, destruiu milhões de ervas, mas esta não se rende.Lembrei-me, então, de uma velha história caucasiana, que presenciara e que eu completei com o depoimento de testemunhas oculares. Ei-la, como se formou em minha lembrança e imaginação."

Foi justamente com este trecho de seus diários que Tolstoi dá início a Khadji Murat. A seguir, a história se desenrola mesclando fatos reais aos enxertados pela abençoada imaginação criativa deste conde maravilhoso, que passa a contar pedaços da vida do personagem título, que - inicialmente, lutou ao lado de Chamil(*) e por fim se passa para o lado dos russos, fugindo deles posteriormente, para -finalmente, morrer. E foi esta morte que a bardana citada em parágrafos anteriores o fez lembrar. Citando ainda uma vez mais o prof. Shnaiderman, este livro é a "expressão de sua continuada reflexão sobre a história e o problema do poder e da violência, ele nos dá a visão que Tolstoi tinha pouco antes de morrer, mas nos dá isto em forma condensada, sem aquele espraiar-se por múltiplas histórias e numerosas personagens como em Guerra e Paz".Acho que não cabe, aqui, mais nenhuma consideração, deixando o resto que não foi dito para que o leitor interessado procure o livro e tire suas próprias conclusões. Esta é uma leitura pertinente e, porque não, até obrigatória, tanto para os amantes da literatura russa (e de literatura geral), quanto pelo momento que a Rússia (e o mundo) atravessa.

Mas quem foi Khadji Murat?
Seu verdadadeiro nome era Khadji-Murat Khunzakhski, cuja data de nascimento desconheço. Morreu em 1852. É nativo de Khunzakha, no Daguestão, irmão mais novo de governantes locais, um dos mais enérgicos e capazes líderes montanhezes. Sua popularidade começa a partir de 1834, quando ele participou de um plano de seu irmão Osman, contra o Íman do Daguestão Gamzat-beka (segundo Iman do Daguestão e da Tchetchenia) e exerceu o importante papel de intermediário entre as tropas russas e seu povo. Em 1836, Khadji -Murat foi acusado de ter relações secretas com Chamil(*) e por ordens superiores foi detido e enviado para Temir-Khan-Churu (no Daguestão) e, no caminho correu, realizando corajoso salto de um penhasco, a beira do qual passava a estrada.Em novembro de 1851, o renomado ajudante do Iman Chamil, entra no revoltoso aul (povoado) tchetcheno Mahket. O tchetcheno Sado recebe o visitante em sua cabana (sáklia), muito embora o recente mandato de Chamil no sentido de prender ou matar seu rebelde ajudante.Não me estendo mais a respeito de Murat, a fim de não atrapalhar a leitura dos que ainda desconhecem o livro.
Restam, agora, algumas poucas palavras a respeito de Chamil.

Ele foi o líder caucasiano, que unificou o Daguestão ocidental e a Tchetchenia, iniciando o 'teocratismo' estatal tchetcheno. Nasceu em 1797 e morreu em 1871. Seu nome real era Ali, que ele mesmo ainda criança mudou para Chamil. Dono de inteligência brilhante, talentoso, teve os melhores professores do Daguestão, dominando a gramática, lógica e retórica na língua árabe.Após a anexação da Tchetchenia pelo Império Russo, Chamil ainda se aguentou por mais cinco anos, até que em agosto de 1859 foi sitiado e preso.Em 1866, em grande solendade oficial, jurou fidelidade à Rússia. Viveu "numa boa" com o regime czarista, até que, já com idade avançada, o czar lhe deu autorização para ir a Medina e Meca (em 1870), lá morrendo em março de 1871.
















aul de Chamil

Na minha modestíssima opinião, ele foi um pioneiro dos métodos brutais utilizados pelos tchetchenos até hoje e isto o romance de Tolstoi mostra bem.

Cabe lembrar, mesmo com o risco de me estender demais neste post, que a questão caucasiana é, de longa data, muito complicada. O Cáucaso, durante muitos séculos, serviu de arena para vários conflitos entre grandes impérios, que tentaram instalar ali seu controle, por ser esta região estratégica logística e economicamente . Ela divide dois mundos: de um lado a Europa e de outro a Ásia.
Explorada pelos navegadores gregos no século VIII a.c, depois pelos persas, partas e romanos. Ponto de contato entre as civilizações bizantina e árabe na Idade Média, caiu nas mãos dos turcos e seljúcidas, sofrendo, posteriormente, invasões de mongóis. No sec.XVI vê-se ali a ocupação otomana.
A Rússia chega ao Cáucaso em 1453, após a tomada de Constantinopla.

O sul e sudoeste da fronteira do Estado Russo constituíam a vasta pradaria povoada por numerosos povos nômades, que representavam uma ameaça constante a cidades e aldeias da Rússia. Deste aquela remota época, buscar saídas para o sul da fronteira natural - as montanhas do Cáucaso , os mares Negro e Cáspio - a fim de garantir a estabilidade nas áreas fronteiriças, foram consideradas medidas para garantir a segurança e defesa da Rússia.Apesar de a Rússia já estar presente no Cáucaso deste o sec. XV, a russificação da região só se tornou efetiva no final do sec.XVIII, após a anexação da Georgia em 1801. A guerra contra a Pérsia e o Império Otomano (1805-1829) permitiu aos russos a conquista de Erevan, capital da Armênia e toda a sua região. A dura resistência das tribos montanhesas subalternas a Chamil só teve fim com a rendição em 1859.

Hoje se vê na região o alastramento do radicalismo islâmico, com as ações vistas nos últimos dias no metrô moscovita e no Daguestão se assemelhando em muito aos atos de grupos radicais fundamentalistas, no estilo do Taliban e Al-Qaeda.
Esperar que agora se dê o fim deste convívio tão turbulento desde priscas eras, a fim de que o povo russo possa viver em paz é algo meio que utópico. Não sou, de maneira nenhuma, contra o Islã: sou apenas a favor da paz. Me condói ver vítimas inocentes, quer seja de um lado, quer seja do outro.Crianças, jovens, velhos, população civil, gente que não tem nada a ver com política, morrendo de forma brutal.
Só resta esperar o bom senso por parte dos dois comandos: o terrorista e o governo russo.

terça-feira, 30 de março de 2010

SÉRIE NOMES RUSSOS E SEUS DERIVATIVOS

http://www.bookin.org.ru/book/152100.jpg
Iniciei este blog com um post sobre a formação dos nomes russos e seus derivativos. Venho observando que, apesar de o blog ainda ser pouco visitado, muitas das visitas que ele recebe acessam tal post. Por isso resolvi que vou continuar listando alguns nomes, seus derivativos e patronímicos, na esperança de ser útil aos que ficam confusos ao ver tanto itch, ovna e ov em páginas da literatura russa. Acredito que fazendo isto, os que sentem dificuldade quanto aos nomes, irão se familiarizando aos poucos.

Gueorgui (Георгий)
http://days.pravoslavie.ru/Images/ib117.jpg
Derivativos: Gora,(Gorya)); Jora; Guera (Gueria); Guesha; Гоша; Goshulya; Gulya; Gochunya, Garya; Egorka, Egonya,Egosha; Egunya, Gunya

Patronímicos: Gueórguievitch, Gueórguievna; Gueórguitch
 
Dmitri (Дмитрий) 
http://www.haaretz.com/hasite/images/iht_daily/D220208/250Dmitry-Medvedev_ap.jpg
Derivativos: Dima, Dimakha, Dimasha, Dimukha, Dimusha, Dimulya, Dimucia, Mitya, Mityai, Mitiulia, Mitulia, Mitiunia, Mitiukha, Mitiukha, Mityasha, Mitrya, Mitra, Mitrasha, Mitriukha, Mitriusha.

Patronímicos:Dmítrievitch, Dmítrievna, Dmítritch

Grigori (Григорй)
http://www.fresno.k12.ca.us/divdept/sscience/history/rasputin.a.gif
Derivativos:Grigoryushka, Grigorya (Grigora), Grikha, Grisha, Grishko, Grishaka, Grishuka, Grishanya

Patronímicos:Grigoriévitch, Grigoriévna, Grioritch

Oleg (Олег)










Derivativos: Olegushka, Olejka, Olecya, Olya, Oliucia, Lega, Lyoka, Lyosha, Alya  

Patronímicos:: Olégovitch, Olégovna, Oléguitch

Yuri (Юрий)
http://scrapetv.com/News/News%20Pages/Science/Images/yuri-gagarin-in-space.jpg
Derivativos: Yura, Yuranya, Yuracya, Yurakha, Yurasha, Yurenya, Yurtchenya, Yuka, Yusha

Patronímicos:: Yúrievitch, Yúrievna, Yúritch



segunda-feira, 29 de março de 2010

HOMENAGEM A TOLSTOI NO ANO DO CENTENÁRIO DE SUA MORTE


Em novembro deste ano, completará o centenário da morte do maior escritor da literatura universal, ao lado de Dostoievski: Lev Nikolaevich Tolstoi. Daí, resolvi homenagea-lo com um post. Me senti emocionada, quando - navegando na página da Editora Cosacnaify, deparei com um video do conde no link a seguir:
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?p=2173
Achei que muitos, como eu, também gostariam de ver o Tolstoi no seu dia a dia, com sua família, cavalgando, entre amigos, escrevendo, enfim, um ser humano normal, independente do gigante que foi. Parti, então, para buscar outros videos dele. Encontrei um, feito a partir de cenas em video e de fotos, que adorei, já que trás uma canção russa intitulada 'Lev Tolstoi". Muito linda.
Coincidentemente, enquanto eu procurava no google e no yandex por videos deste meu autor favorito, uma amiga enviou-me um e-mail com um novo link, desta vez do trailer do filme "A última estação", baseado em livro do mesmo nome, de Jay Parini, que narra os dias finais da vida do escritor. Este trailer se encontra no final do post.
Espero que os que vierem a ler este blog encontrem neste post o mesmo prazer que encontrei.
Termino a matéria informando, aos que acreditam que existe vida depois da morte, que o Tolstoi já psicografou alguns livros através da mediunidade de duas brasileiras: Marilusa Vasconcelos e Célia Xavier. Aos que não acreditam que pulem esta parte e fiquem com os videos. E viva Liev Tolstoi!
Círculo de escritores russos da revista "Covremenik" (O contemporâneo):Ivan Goncharov,Ivan Turgueniev, Lev Tolstoi,D.V.Druzhinin e A.N.Ostrovski"(1856)
A foto acima é bem interessante, já que em suas famosas "Confissões" Tolstoi diz o seguinte:

"Aos vinte e seis anos eu cheguei, após a guerra, a Petersburgo e uni-me a alguns escritores. Aceitaram-me como um deles, me bajularam.E quando menos eu esperava, as idéias sobre a vida daquelas pessoas, escritores com os quais me uni,foram por mim assimiladas e já completamente obliteraram em mim todas as minhas prévias tentativas de me tornar melhor."
Sempre tive curiosidade em saber quais eram estes 
escritores e, agora, desconfio que sejam os acima 
apondados.Mera questão de curiosidade da minha
parte ou de fofoca literária, pela qual peço perdão
aos leitores do blog... 
Já que citei as Confissões, resta lembrar que, 
por suas idéias a respeito do verdadeiro 
Cristianismo,ele foi excomungado pela Igreja 
Ortodoxa Russa. Assim,julguei interessante a foto a seguir, 
tirada de um quadro da Igreja da aldeia de Tazovo, cujo 
título mostra o quanto a Igreja Ortodoxa o preza:
"Tolstoi no Inferno"!
 Tolstoi contando histórias para os netos:
 Tolstoi, Sófia e filhos:
 
 


(Crédito:Nekij)

No último video pode-se ver Tolstoi nas seguintes situações:
I.Última visita de Tolstoi a Moscou, em setembro de 1909.
1.Lev Nikolaevitch Tolstoi parte da propriedade de Tchertkov
2. Na sequência, a condessa Sófia Andreevna Tolstaya
3..Tolstoi,Tchertkov e a família do escritor
4. Chegada a Moscou
5. Na estação Bryansk
6. Tolstoi chega a sua casa em Khamovnikah, que veio a se transformar em museu Tolstoi.
7. Partida para Yasnaya Polyana

II. Tolstoi em Yasnaya Polyana -1908-1910
8. família de Tolstoi
9. Tolstoi dá esmolas a camponeses pobres
10. Passeio de Tolstoi montado acompanhado do dr.Makovetski
11. Tolstoi caminhando às 5 horas da manhã
12. Tolstoi e sua esposa Sófia
13. Netos de Tolstoi
14. Tolstoi trabalhando
15. O conde Tolstoi na varanda com a família
16. O conde Tolstoi já doente na varanda de sua casa, no dia de seu aniversário, em 28 de agosto de 1908


III. Morte em Astapov Astapovo e seu funeral em Yasnaia Polyana - filmagens entre 7 e 9 de novembro de 1910
17. Tolstoi na urna funerária


clique no player a seguir e ouça a música 'Lev Tolstoi, para mim um verdadeiro hino ao autor! Agradeço ao Dmitri pela gentileza de me enviar tanto o mp3 quanto a letra da música.
Get this widget | Track details | eSnips Social DNA

LUTO PELOS MORTOS NO METRÔ DE MOSCOU


Em 23/10/2002 os tchetchenos explodiram o Centro Teatral Na Dubrovke, em Moscou, onde encenavam a peça Nor Dost. Eu e meu marido haviamos retornado ao Brasil no dia 20 de outbro, sendo que nosso último passeio havia sido dia 19, exatamente no Centro Teatral, onde tivemos o prazer de assistir Nor Dost. O Centro Teatral era imenso, fiquei encantada e, no dia em que fui, estava superlotado. Imaginem que um avião da segunda guerra aterrissou no palco, assim como um navio daquela mesma época. Tudo gigantesco, como a gigantesca Rússia.
A peça foi baseada no romance de Veniamin Kaverin, intitulado "Os Dois Capitães", infelizmente desconhecido em nosso país. Adoramos tudo, do enredo à interpretação dos atores. Nosso choque foi imenso quando, aqui chegados, assistimos pela TV a horrível notícia. Foi um choque e tanto para mim. De lá para cá, ocorreram outros lamentáveis atentados, da parte destes bárbaros selvagens, culminando neste de hoje.
Espero que, a partir de agora, o presidente russo - Dmitri Medvedev, bem como o premier Vladímir Putin, sejam mais severos nas ações anti-terrorismo, evitando que novas vidas russas sejam cruelmente ceifadas por extremistas.

domingo, 28 de março de 2010

DR. JIVAGO - VERSÃO RUSSA PARA TV

 
http://www.zhivago.ru/

Um clássico do cinema, agora em versão russa, feita para a TV.Mesmo para os que estão acostumados com a versão americana, trazendo Omar Sharif no papel principal, esta versão, com toda a certeza,vai agradar. Nesta série, as filmagens foram feitas não em cidades cinematográficas ou na Espanha, como o caso do filme americano, mas na própria Rússia,no belíssimo "Anel de Ouro" de Moscou. Outra vantagem, que traz uma realidade maior ao filme, é de serem os atores russos legítimos e não estrangeiros se passando por russos. Este detalhe, pelo menos para mim, faz toda a diferença. Por melhor que sejam os atores americanos (no caso de Omar Sharif - egípcio),o ator russo consegue transmitir melhor a realidade e os sentimentos russos, isto é óbvio. Infelizmente, sem legendas, mas para os que sabem o idioma, seguem algumas indicações para download:
http://i-kino.com/serial/films/3402243.html?rdprid=4524

ou aqui: http://www.warmovie.ru/serial/doktor-zhivago.html


O elenco do filme, o leitor pode ver no site a seguir: http://ruskino.ru/mov/8190

GRUPO JUSTLISTEN, MÚSICA ACAPELLA DA MELHOR QUALIDADE!


Este grupo é incrível. Iniciou em um programa de calouros do Telecanal Rossia. Canta acapella pra ninguém botar defeito. Torço muito para que, em breve, gravem seu disco e façam sucesso merecido numa carreira musical que, com certeza, terá muitos fãs. Confiram como estou certa:

http://www.youtube.com/watch?v=11q40FbN7WY




sexta-feira, 26 de março de 2010

SÉRIE PINTORES RUSSOS: YAROCHENKO NIKOLAI ALEKSANDROVITCH


"Foguista"(1878)
Neste post iniciamos a  série de publicações sobre pintores russos. Nossa abertura se dá com Yarochenko Nikolai, que apesar de ucraniano ( nasceu em 1846, em Potava, então Império Russo e hoje pertencente à Ucrânia), é um dos mais típicos e especiais representantes do realismo russo. O quadro acima foi o marco de sua carreira.






 













O Estudante(1881)




















No balanço (1888

 

















Vida por toda parte(1888)




 














O prisioneiro (1878)

OLEG GAZMANOV: MARK, MATFEI, YOAN I LUKA

Aproveitando o gancho do post anterior, onde falo de Oleg Gazmanov, meu cantor predileto, entre todos, de qualquer idioma, segue aqui um video dele com a música Mark, Matfei, Yoan i Luka.

Sou suspeita para falar de Oleg Gazmanov, uma vez que ele é minha paixão! Adoro a voz linda dele, seu jeito alegre de cantar. Pra mim, Gazmanov é tudo de bom. Espero que gostem.
Nascido a 22/07/51, na cidade russa de Kaliningrad, Oleg é um dos cantores mais populares em seu país, desde 1988, quando sua música "Liuci" ficou conhecida, na interpretação de seu filho - Rodion Gazmanov. Sua carreira como cantor se iniciou no ano seguinte. Sua discografia é composta por 15 álbuns. Suas letras são ou românticas ou patrióticas, o que desagrada algumas pessoas. Deixo o julgamento ao leitor do blog.


visite o site do Gazmanov:

Quem gostou e quiser baixar suas músicas é só acessar seu SITE OFICIAL: www.gazmanov.ru  e clique em http://gazmanov.ru/media/audio/http://gazmanov.ru/media/audio/. Daí, clique onde está escrito скачать pronto, você poderá baixar suas músicas e curtir este cantor!

TURISMO DE HOJE: KALININGRADO, RÚSSIA

O roteiro turístico de hoje na cidade natal do meu cantor russo favoritao - Oleg Gazmanov, Kaliningrado, capital da província de mesmo nome.
Esta cidade se situa entre a Polônia e a Lituânia, às margens do Báltico.
Foi fundada no ano de 1255, pelos Cavaleiros Teutônicos, com o nome de Königsberg . Era, então, parte integrante da Polônia e capital da Prússia Oriental. Pertenceu, também, à Alemanha. Após a Segunda Guerra Mundial, foi anexada à URSS.

Sua arquitetura denota sua origem, se diferenciando bastante da arquitetura russa, mas nem por isso é menos bonita.
Pelo senso de 2005, sua população é de, aproximadamente, 500.000 habitantes.
A cidade é uma espécie de Hong-Kong do Báltico, sendo uma zona especial para atrair investimentos ocidentais. Quem quiser conhecer a Rússia, um pulinho em Kaliningrado é uma boa pedida: comprovem!












































































MAIS FOTOS DE KALININGRADO OLHAR O SITE A SEGUIR:
http://www.kaliningrad.tv/galleries/kaliningrad/

INSOLAÇÃO (DE IVAN BUNIN)


capa da edição em português
capa da edição russa


A Rússia não possui apenas os clássicos da literatura, tão conhecidos e admirados por estas bandas de cá. Possui, ao contrário, grandes nomes, quer seja de escritores clássicos, modernos ou contemporâneos. Ivan Bunin é um deles. Considerado um dos maiores autores do século XX, foi o primeiro russo a receber o prêmio Nobel de Literatura, em 1933 (o que não deixa de ser uma injustiça, já que existem inúmeros escritores russos - contemporâneos ou anteriores a Bunin, também merecedores deste prêmio). Apesar disto, ele é ainda quase desconhecido em nosso país, o que não ocorre em sua terra natal, onde ele é tão valorizado quanto qualquer um dos seus grandes nomes das letras.

"Insolação" é uma seleção de contos, que inclui sua história mais conhecida, "O Cavalheiro de San Francisco", considerada uma verdadeira obra-prima, além de 24 outros contos, na sua grande maioria em primeira tradução no Brasil.
O conto que dá título ao livro relata uma história bem simples: num barco, nas águas do Volga, há um tenente e uma jovem mulher, anônima e completamente a ele desconhecida, que voltam para casa - depois das férias na Criméia - no mesmo navio. Em determinado momento, os dois são tomados por um lampejo de paixão, como jamais haviam experimentado na vida, como se "tivessem perdido a cabeça ou sido acometidos por uma insolação", conforme os dizeres dela. Sentem-se como tendo perdido o juízo e, ao mesmo tempo, incapazes de resistir a este sentimento, que lembrariam pelo resto da vida. É uma história de amor, sim, mas não banal. Muitos já escreveram sobre este tema, mas talvez não exista uma definição exata para um sentimento que cada um vive à sua maneira. O amor pode ser calmo e terno, platônico, elevado, romântico, tempestuoso, ardente ou inesperado e fulgurante como um relâmpago, da maneira relatada por Bunin.

Sobre os demais contos prefiro não falar, esperando que o leitor adquira o livro. Garanto que são todos ótimos. Alguns títulos que o leitor encontrará no livro são " Dia de verão", "Cáucaso", "O romance do corcunda", "Balada", "A velha", entre outros.
Bunin nasceu Ivan Alekseyevitch Bunin no dia 10 de outubro de 1870, em Boronezhe, Rússia e morreu em Paris, em novembro de 1953. Um verdadeiro amante da Rússia e de suas seculares tradições, Bunin foi contra a Revolução Bolchevique, que ele via como algo destrutivo para a Pátria. A este respeito ele escreveu o livro "Dias Malditos". Por essa razão, deixou a Rússia, juntamente com a esposa, em fevereiro de 1921, se radicando na França, aí vivendo por 33 anos.
No exílio, seguia de perto o que estava acontecendo em sua amada Rússia. "Ser russo permanece com você até o fim", escreveu ele, que desesperadamente desejava ver seu país novamente, o que foi frustrado pela eclosão da Segunda Grande Guerra. Morreu em 1953, tendo sido enterrado em Saint Geneviève de Bois, um cemitério perto de Paris.
http://philatelia.ru/pict/cat5/stamp/17289s.jpg
http://m-necropol.narod.ru/bunin.jpg
http://www.peoples.ru/art/literature/story/bunin/bunin_48_s.jpg
http://bunin.org.ru/bunin.jpg

Em 1991 foi criado o Museu Ivan Bunin, na propriedade da família em Oryel.
Фасад музея Бунина
fachada
Парижский кабинет И.А.Бунина
escritório do escritor
Фрагмент литературной экспозиции
fragmentos de exposição literária
Lyudimila Bunina, mãe do escritor
Aleksei Bunin, pai de Ivan
http://www.museum.ru/imgB.asp?4696

GOSTOU DO BLOG? LINK ME

www.russiashow.blogspot.coms